31 de dezembro de 2008

Depois de dois anos marcados por perdas, finalmente veio 2008.
Que foi, de longe, o melhor dos últimos anos.
Um ano intenso.
De muitos sentimentos bons.
TANTA coisa aconteceu...
Ciclos encerrados, outros iniciados, aprendizado (nem sempre da maneira mais fácil...), conquistas, realizações, viagens, shows, festas, pessoas que chegaram, pessoas que continuaram fazendo a diferença, momentos...
Mas principalmente foi mais um ano de muita saúde pra mim e pra todos que amo.
(que é a única coisa que peço quando um ano se inicia)
Que venha 2009!
E que eu continue colhendo os frutos do que venho plantando... ;)

26 de dezembro de 2008

Natal com família, amigos e Tico.
O que mais eu poderia querer?
Um dos melhores, sem dúvida! =)

23 de dezembro de 2008

E já que não tem outro jeito...
Rock Noel, aí vou eu! *rs

19 de dezembro de 2008

Fiquei de domingo à tarde até agora sem internet.
Por muito pouco, não tive que ir morar no Santa Lúcia... Aff.

Mas o sol voltou, a internet voltou e a minha felicidade também!
Que venha o final de semana!
[Que já começou com uma noite daquelas (samba + funk) ontem...rs]

12 de dezembro de 2008

Meu jardim é repleto de flores.
Flores com as mais variadas características, nuances e perfumes.
De diferentes cores e espécies.
Sementes daqui e que vieram de longe.
A grande maioria foi plantada há muito tempo. Outras acabaram de brotar.
Duas viraram estrela.
Algumas são raras e admiráveis. Fazem meus olhos brilhar toda vez que as vejo.
(E são as que mais me inspiram a seguir em frente.)
Mas todas são extremamente especiais.
Dedico-me a elas o máximo que posso.
Rego e adubo constantemente. Podo às vezes.
Cultivo e orgulho-me de possuir tantas belas espécies num único lugar.
Tenho sorte, reconheço.
Mas nem só de flores vive o jardim...
Vez ou outra, ervas daninhas tentar se enraizar. Quase sempre são retiradas a tempo.
Sapos aparecem com freqüência.
Ocasionalmente cavaleiros resolvem visitá-lo.
Lembro-me agora de seis.
O primeiro foi convidado a ficar, mas apesar de demonstrar interesse, preferiu morar em outro jardim.
O segundo recebeu vários convites. Recusou todos, porém insistia nas visitas.
Sempre deixando claro que estava só de passagem.
Certo dia cansei e proibi sua entrada.
O terceiro era de longe e já chegou querendo se mudar para o jardim.
Mas sua presença incomodava-me e pedi que partisse.
Veio então o quarto. Às vezes eu olhava e enxergava um cavaleiro, noutras uma flor.
Pensei se tratar de algum distúrbio de visão, mas não. Descobri que a dualiadade era real e que, era necessário que eu escolhesse como preferiria enxergá-lo.
A dúvida perseguiu-me durante muito tempo e, no fim, ele passou a ser visto como flor. (naturalmente mais resistente e valiosa que qualquer cavaleiro)
Nunca saberei se foi a melhor escolha, mas certamente foi a mais prudente.
Também vindo de longe, surgiu o quinto cavaleiro.
Fiz de tudo para que ficasse. Ele não quis. Tecia elogios ao jardim constantemente, mas no fundo parecia vê-lo como um jardim qualquer e acabou partindo.
Esperei por um retorno durante algum tempo. Jamais aconteceu.
O jardim passou muito tempo sem receber visitas de cavaleiros.
Alguns até passaram em frente ao portão, mas seguiram viagem.
Enquanto alguns pareciam não querer desviar de seus trajetos, para outros eu fazia questão de não abrir o portão.
Recentemente, um sexto apareceu.
Vindo de longe, demonstrou bastante interesse em ficar. Era meu desejo também que ele fosse morar no jardim.
No entanto, muitas coisas impediram a mudança. Virou flor.
Até hoje, ao olhar para o jardim é possível enxergar as marcas deixadas por todos eles.
Algumas já estão fracas. Outras imagino que ficarão para sempre.
No jardim também ocorrem tempestades. Por vezes parece congelar.
Nessas épocas, é necessário afastar-me das flores.
Costumam durar pouco. Logo o sol reaparece, a grama fica ainda mais verde e as borboletas bailam mais exuberantes.
Já propus algumas vezes que se mudassem para o estômago. Recusaram.
É fato que já passaram alguns períodos lá, porém sempre voltam para o jardim.
Confidenciaram-me que só se instalarão definitivamente no estômago quando algum cavaleiro se mudar para o jardim.
Enquanto isso, preferem continuar fazendo companhia às flores.
Meu jardim é grande e está sempre aberto para receber novas flores e visitantes, desde que não atrapalhem a harmonia e a tranqüilidade que lá existem.
Meu jardim, com tudo o que nele se encontra, é o que tenho de mais importante e valioso.
Mesmo tão complexo e, às vezes, trabalhoso, não consigo nem imaginar quem eu seria se não o possuísse.

10 de dezembro de 2008

"Estou podando meu jardim..."

7 de dezembro de 2008

"Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
[...]
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
[...]
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
[...]
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo."

(Clarice Lispector)
 
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