24 de junho de 2010

Eu gosto do meu trabalho.
Do que faço, das pessoas, do ambiente.
Mas sei que é pouco. Sei que estou muito além da grande maioria no que diz respeito a inteligência, grau de escolaridade e nível cultural.
Sei também que deveria ganhar mais.
Às vezes esse abismo entre mim e os outros, a remuneração baixa e a sensação de que sou subaproveitada me desanimam.
E esse desânimo fica mais evidente ainda quando vejo, por exemplo, disponível no Sesi, uma vaga de emprego para vigia, tendo o primeiro segmento do ensino fundamental incompleto como requisito mínimo, oferecer um salário igual ao meu + benefícios que nem tenho.
Preciso ir mais além. Mas para onde?
Enquanto não encontro a resposta, sigo minha rotina (pois não posso me dar o luxo de ficar sem trabalhar), ficando lisonjeada com os elogios diários recebidos à minha inteligência e competência.
Mas é pouco.
Ainda é pouco...

20 de junho de 2010

"Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras - e por tudo isso, ando cada vez mais só."
(Caio Fernando Abreu)

17 de junho de 2010

E eu que pensei que esse ano o inferno astral não daria as caras, me deparei com todo o seu efeito, concentrado, justamente na semana do meu aniversário.
Tudo que não tinha acontecido durante um mês, aconteceu.
Tudo que poderia dar errado, deu.
Chorei tudo o que havia pra chorar e já não havia mais ânimo para a viagem e nem para a festa.
Mas a minha persistência falou mais alto e, aos "45 do segundo tempo", virei o jogo.
Decidi manter meus planos e na sexta fui sozinha pra uma cidade que não conhecia, depois de ouvir, de vários lados, que era um absurdo preferir "passar o aniversário sozinha" pra correr atrás de uma banda.
Mas foi justamente essa banda que fez com que o meu aniversário fosse um dos mais especiais dos últimos tempos.
Que não deixou que eu me sentisse sozinha nem por um instante e que me proporcionou momentos que foram muito além dos meus melhores sonhos.
Impossível definir o que vivi e senti.
E pode até parecer pouco ou besteira, mas todo o carinho e "paparicação" significaram muito.
Algumas coisas definitivamente não tem preço.
No dia seguinte, sem dormir e quase explodindo de felicidade, voltei para casa.
Ajudei a terminar a arrumação da festa e à noite pude comemorar mais uma vez, ao lado de pessoas tão queridas quanto as do dia anterior.
Faltaram algumas pessoas importantes, mas a essência estava lá e, afinal, nem sempre é possível ter tudo mesmo.
A festa foi ótima. Todos dançaram, riram, se divertiram.
Sou, de fato, privilegiada por ter tanta gente especial ao meu redor.
E por poder celebrar mais uma ano de vida ao lado delas.
Que venham muitos mais!
Família, amigos e DRC são o que tenho de mais valioso.
Não abro mão por nada nesse mundo...



"E o consolo é perceber que o amanhã existe e que eu posso ser feliz sem me entregar..."


=)








p.s. Esse post está longe de traduzir tudo o que foi vivido no final de semana. É apenas o registro, para posteriores momentos de nostalgia ou eventuais crises de existência. *rs

15 de junho de 2010

Só para não esquecer: preciso escrever sobre o aniversário.
Quem sabe amanhã?

10 de junho de 2010

Eu deveria ter previsto as frustrações.
Porque se até agora meu inferno astral não tinha dados as caras, essa semana tudo que poderia dar errado, deu. E coisas que eu nem imaginava que pudessem acontecer, aconteceram.
Tava super animada e cheia de planos pro meu aniversário. Mas agora a única coisa que eu consigo fazer é chorar...

4 de junho de 2010

Durante algum tempo acreditei naquele velho clichê de que o tempo cura tudo.
Mas o próprio tempo me ensinou que ele é capaz, sim, de curar muitas coisas e que outras, como a dor da perda, são incuráveis. Ele pode, apenas, amenizá-las.
Eu tentei, em vão, fazer com que o dia 04/06 voltasse a ser somente mais um dia comum.
Mas não dá. Porque há 4 anos, toda vez que essa data se repete, eu sinto novamente tudo aquilo que vivi em 2006.
Não tenho dúvidas em afirmar que foi o pior dia da minha vida. O dia em que eu levei o maior susto, senti a maior dor e aprendi o que é saudade de verdade.
Me esforço pra esquecer, mas lembro de cada detalhe, desde a expressão no rosto dos meus pais sem saber como me dar a notícia, as ligações, as buscas na internet por maiores detalhes, o desespero da minha irmã, até o meu reencontro com os meninos, 1 mês depois, no show mais triste e melancólico que já presenciei, em que prevaleceu o nó na garganta, faltaram palavras e só os abraços foram capazes de “dizer” alguma coisa.
Eu penso nele todos os dias. Acordo e logo vejo aquele sorriso iluminado estampado no meu mural. Volta e meia me pego relembrando encontros, momentos compartilhados, diálogos sérios ou inúteis, o cuidado, as (inúmeras) bobeiras, detalhes que fizeram a diferença e o jeito único de levar a vida. E nessas horas, os sentimentos vividos e revividos em todos os 04/06 passam longe.
Sinto saudade, sim. Muita! Mas sinto uma enorme gratidão, e repetirei isso eternamente, por ter conhecido alguém tão especial. Por ter convivido mesmo que tão pouco tempo e por ter tido a oportunidade de aprender, naturalmente, tantas coisas.
E ele nos deixou tanto...
Olho para as fotos e, ainda que sinta um aperto no peito, sorrio. Porque é impossível não sorrir.
Imagino que tenha sido preciso que isso acontecesse. Não encontro um motivo justo ou lógico para tal, mas deve existir. Talvez um dia compreenderemos. Talvez não.
Mas jamais poderemos ignorar o quanto esse acontecimento mudou a vida de todos que o conheciam. Apesar da dor, todos tiraram lições. O Voluntários da Pátria nasceu, lindas canções foram compostas, sem contar nas pequenas mudanças pessoais e cotidianas que cada um sabe bem quais são.
Às vezes fico imaginando como seria se ele ainda estivesse aqui. Penso em tudo o que já vivi com os meninos de 2006 pra cá e no quanto nos aproximamos.
Acho que teríamos uma linda história pela frente, pois naquele ano nossa amizade começava a se tornar mais sólida, mais cúmplice. Tava tão no início mas já significava tanto...
E então, nesse sentido, sinto também uma saudade imensa do que não vivi.
Mas, sobretudo, sinto uma certeza (que não sei de onde vem) de que ele está bem e de que está sempre por perto.
E é isso que, mesmo nos momentos mais doídos, acaba prevalecendo e confortando.



“E a tua ausência fazendo silêncio em todo o lugar...”

"Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você..."
 
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