1 de julho de 2008
Foram quatro anos e meio passando cerca de 10 horas do meu dia num único lugar: Universidade Estácio de Sá.
Durante a manhã, seis horas de trabalho e durante à noite, quatro horas de estudo.
No início, ambos me encantavam.
Com o tempo, o curso de Comunicação seguia sendo tudo o que eu sempre esperei, mas o trabalho começou a me mostrar que não seguiria tão bom assim...
Mudei de setores (incluindo um stand num shopping), várias vezes, trabalhei em horários absurdos, trabalhei em eventos variados, fiz muitas horas extras, comecei a discordar de muita coisa que era obrigada a fazer, a ficar desanimada com tudo e ao final, ir para o trabalho parecia um castigo.
Meu primeiro ciclo com a Estácio foi encerrado em maio, no dia da minha demissão.
Do trabalho, trago comigo a experiência (ainda que muitas vezes por mal, aprendi muito ali) e as pessoas com quem tive o prazer de conviver durante todo esse tempo e que, sem dúvida, me ensinaram muito também. Alguns, inclusive, se tornaram amigos que eu pretendo levar pra vida toda.
Paralelamente, meu encantamento com o curso começou a desaparecer a partir do 5º período. As disciplinas de Criação e Direção de Arte foram as grandes vilãs e nos períodos seguintes, com o mesmo terror das outras, vieram os Projetos I e II e Merchandising.
Eu entrei na faculdade sabendo que não tinha nenhum dom para a área de criação mas definitivamente não imaginei que sofreria tanto nessas disciplinas, que elas eram muito mais valorizadas que as outras (muitas que eu considero tão ou mais importantes) e que me deixariam em dúvida se era essa mesmo a carreira que eu queria seguir.
A minha paixão pela Comunicação continua. As disciplinas de Teoria da Comunicação, Comunicação Comparada, Comunicação de Massa, Política da Comunicação, Mídia e Fotografia continuarão sendo minhas "queridinhas" e deixarão sempre saudades.
Mas o fato é que de um ano e meio pra cá, meu conflito com a publicidade (sua responsabilidade pelo consumismo e por essa sociedade cada vez mais egoísta e mesquinha) se acentuou muito, o que fez com que eu buscasse outros rumos.
Fiz minha monografia sobre um tema voltado para a questão da responsabilidade social e para a área (Cultura) que eu descobri que é a que me fará feliz e através da qual sei que a minha interferência na sociedade será positiva.
E assim, com a monografia (Projeto III), encerrei o ciclo da faculdade...
Que eu amei e odiei em vários momentos.
Na qual eu tive o privilégio de aprender com professores fodas e também o azar de cruzar com professores muito ruins.
Onde eu adquiri um conhecimento que foi muito além da ementa do curso de Comunicação.
E onde eu conheci muita gente legal.
Uma das diferenças da faculdade pro colégio é que, pela grade ser aberta, as pessoas "passeiam" por ela durante os períodos, o que faz com que haja um intercâmbio de pessoas entre as turmas e que elas se conheçam mais.
O lado ruim é que as pessoas começam a "se perder" e fica praticamente impossível ter uma turma definida e, principalmente, unida.
E foi disso que eu senti falta.
Das pessoas que entraram comigo, poucas se formarão comigo.
Nunca tivemos churrascos, festas, nada. Com algumas exceções, as pessoas que se tornaram minhas amigas de verdade, são (ou eram) de outras turmas.
A "minha turma" praticamente não existiu.
Talvez por esse motivo eu não tenha sentido tanto o fim da faculdade como senti do colégio.
Ao invés da tristeza, agora eu sinto um grande alívio e felicidade por ter atingido mais um objetivo e por cortar de vez (quase, porque ainda falta a formatura) meu vínculo com a Estácio.
Além de uma vontade absurda de respirar novos ares, conhecer novas pessoas e iniciar um novo ciclo! =)
Eis a minha realidade: Comunicóloga, quase bacharel em Publicidade e Propaganda, desempregada e com ambições na área de Produção Cultural.
O que será que o futuro reserva pra mim? *rs
Durante a manhã, seis horas de trabalho e durante à noite, quatro horas de estudo.
No início, ambos me encantavam.
Com o tempo, o curso de Comunicação seguia sendo tudo o que eu sempre esperei, mas o trabalho começou a me mostrar que não seguiria tão bom assim...
Mudei de setores (incluindo um stand num shopping), várias vezes, trabalhei em horários absurdos, trabalhei em eventos variados, fiz muitas horas extras, comecei a discordar de muita coisa que era obrigada a fazer, a ficar desanimada com tudo e ao final, ir para o trabalho parecia um castigo.
Meu primeiro ciclo com a Estácio foi encerrado em maio, no dia da minha demissão.
Do trabalho, trago comigo a experiência (ainda que muitas vezes por mal, aprendi muito ali) e as pessoas com quem tive o prazer de conviver durante todo esse tempo e que, sem dúvida, me ensinaram muito também. Alguns, inclusive, se tornaram amigos que eu pretendo levar pra vida toda.
Paralelamente, meu encantamento com o curso começou a desaparecer a partir do 5º período. As disciplinas de Criação e Direção de Arte foram as grandes vilãs e nos períodos seguintes, com o mesmo terror das outras, vieram os Projetos I e II e Merchandising.
Eu entrei na faculdade sabendo que não tinha nenhum dom para a área de criação mas definitivamente não imaginei que sofreria tanto nessas disciplinas, que elas eram muito mais valorizadas que as outras (muitas que eu considero tão ou mais importantes) e que me deixariam em dúvida se era essa mesmo a carreira que eu queria seguir.
A minha paixão pela Comunicação continua. As disciplinas de Teoria da Comunicação, Comunicação Comparada, Comunicação de Massa, Política da Comunicação, Mídia e Fotografia continuarão sendo minhas "queridinhas" e deixarão sempre saudades.
Mas o fato é que de um ano e meio pra cá, meu conflito com a publicidade (sua responsabilidade pelo consumismo e por essa sociedade cada vez mais egoísta e mesquinha) se acentuou muito, o que fez com que eu buscasse outros rumos.
Fiz minha monografia sobre um tema voltado para a questão da responsabilidade social e para a área (Cultura) que eu descobri que é a que me fará feliz e através da qual sei que a minha interferência na sociedade será positiva.
E assim, com a monografia (Projeto III), encerrei o ciclo da faculdade...
Que eu amei e odiei em vários momentos.
Na qual eu tive o privilégio de aprender com professores fodas e também o azar de cruzar com professores muito ruins.
Onde eu adquiri um conhecimento que foi muito além da ementa do curso de Comunicação.
E onde eu conheci muita gente legal.
Uma das diferenças da faculdade pro colégio é que, pela grade ser aberta, as pessoas "passeiam" por ela durante os períodos, o que faz com que haja um intercâmbio de pessoas entre as turmas e que elas se conheçam mais.
O lado ruim é que as pessoas começam a "se perder" e fica praticamente impossível ter uma turma definida e, principalmente, unida.
E foi disso que eu senti falta.
Das pessoas que entraram comigo, poucas se formarão comigo.
Nunca tivemos churrascos, festas, nada. Com algumas exceções, as pessoas que se tornaram minhas amigas de verdade, são (ou eram) de outras turmas.
A "minha turma" praticamente não existiu.
Talvez por esse motivo eu não tenha sentido tanto o fim da faculdade como senti do colégio.
Ao invés da tristeza, agora eu sinto um grande alívio e felicidade por ter atingido mais um objetivo e por cortar de vez (quase, porque ainda falta a formatura) meu vínculo com a Estácio.
Além de uma vontade absurda de respirar novos ares, conhecer novas pessoas e iniciar um novo ciclo! =)
Eis a minha realidade: Comunicóloga, quase bacharel em Publicidade e Propaganda, desempregada e com ambições na área de Produção Cultural.
O que será que o futuro reserva pra mim? *rs
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