12 de junho de 2009

Talvez não exista nada que me faça sentir tão diferente das outras pessoas quanto minha opinião sobre relacionamentos e amor.
Eu realmente não consigo entender namoros por conveniência ou por acomodação.
Entendo menos ainda o desespero que algumas pessoas sentem por estarem solteiras, como se só fossem felizes as pessoas que namoram.
Acho o cúmulo gente que muda de personalidade para se adaptar à outra pessoa, deixa de fazer o que gosta e faz o que não gosta só para agradar o outro. O mesmo em relação à situação inversa: gente que tentar mudar o outro o tempo inteiro, que quer que ele seja aquilo com o que sempre sonhou.
Me irrito profundamente com frases do tipo “você é o ar que eu respiro”, “não sou capaz de viver sem você”, “você é o amor da minha vida”entre outras.
Principalmente quando são proferidas nas primeiras semanas de namoro. Quase sempre, pessoas que fazem isso, pouco tempo depois já estão proferindo as mesmas frases pra outras pessoas, num outro namoro.
Mas o que mais me irrita mesmo é o fato dos casais, na grande maioria, pensarem e agirem (seguindo aquele velho clichê) como se fossem um só.
O fato é que existe uma lista extensa de coisas que vejo por aí, nos relacionamentos alheios, e acho um absurdo.
Sei que muita gente enxerga esse meu posicionamento como recalque, inveja ou coisa do tipo, uma vez que não namoro. Não me importo.
Eu não quero um namorado. Não só pra dizer que tenho um.
Eu quero alguém que não me faça cobranças. Que não jogue a responsabilidade da sua felicidade nas minhas costas.
Quero alguém que me aceite do jeito que eu sou e que não ouse tentar me mudar.
Alguém que não queira que eu subtraia nada da minha vida. Pelo contrário, quero alguém que venha a somar.
Que ao invés de mais problemas, me traga ainda mais momentos bons e alegrias do que eu já tenho.
Que respeite a minha individualidade e que confie em mim o bastante para compreender a minha necessidade de liberdade.
Alguém que me ame e que eu ame também.
Não precisa ser minha alma gêmea ou um amor eterno. Pois apesar de acreditar que ambos existam, acho que são raros.
Ao contrário de muitas pessoas, acredito que durante a nossa vida podemos ter muitos amores. Amores com prazo de validade. Cada um com suas características e todos importantes.
Aliás, acho que seria mais fácil se as pessoas esquecessem os contos de fadas.
Se parassem de buscar incessantemente O amor de suas vidas.
Busca essa que geralmente gera frustração e culpa a cada término de relacionamento.
Não seria tão mais simples se as pessoas não criassem tantas expectativas e não fizessem tantas promessas? Se entendessem que a felicidade não está no fim e valorizassem mais os momentos? Se compreendessem melhor que só porque acabou não significa que não foi amor, que não foi bom e que não foi importante?
Acho que assim teríamos menos casais de fachadas, mais solteiros despreocupados e, principalmente, muito mais pessoas felizes nesse mundo.
Nem sei porque acabei falando tudo isso.
A minha intenção ao começar esse post era simplesmente dizer a quem se preocupa demais com a minha vida, que quando eu encontrar alguém a quem, entre outras coisas, eu possa dedicar "O que eu também não entendo" e "Mais uma vez", eu terei um namorado.
Enquanto isso, continuarei a ser essa estranha solteira que vive muito bem, obrigada.

Nenhum comentário:

 
Free counter and web stats